A significadora natural do corpo, no signo fixo do elemento terra, se volta aos prazeres da carne. A Lua se exalta na manutenção do gozo sensorial (Touro), ou seja, nesse lugar ela consegue atuar satisfatoriamente em relação a motivação proposta por Touro.
Sua queda é na manutenção do desejo, o gozo emocional (Escorpião), onde não consegue sanar de forma satisfatória as necessidades simbolizadas por Escorpião, embora seja significadora universal das emoções.
As duas significações lunares – corpo e emoção/desejo – são semelhantes nas demandas ad infinitum e na impossibilidade de controle, mas a Lua obtém resultados antagônicos na satisfação permanente de suas fomes, encontra exaltação no primeiro e queda no segundo.
Qual o antagonismo implícito aqui?
“Todo corpo tende a permanecer em repouso e um corpo em movimento tende a permanecer em movimento retilíneo e uniforme”, a fome material é palpável, ainda que você não a controle, que seja intermitente, (no mundo ideal) seu alimento está ao alcance das mãos e tem a capacidade de aplacá-la. Ah sim, e o corpo se satisfaz com mais do mesmo, você gosta de macarrão (ponto).
O prazer encontra estabilidade no corpo, uma estabilidade superestimada – qualidade própria a exaltação – porque na medida em que é intermitente, é ilusória.
O desejo se alimenta de um “objeto” específico, mas liquido e impalpável, o que o coloca mais além do alcance das mão – o que sob a perspectiva da Lua em queda significa recomeçar a saga por satisfação sem ser apaziguado.
O desejo não cessa e sem permanência ele não goza. Uma insatisfação superestimada, ou uma satisfação subestimada, qualidade específica da queda.
☽❍☾ – Nicole Zeghbi
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