A vontade, clara e dona de si mesma, atravessa as águas escuras e profundas do desejo. O signo fixo da água coloca ao desejo a difícil tarefa da permanência, de manter sua intensidade bruta. Sob a coroa do desejo a vontade é uma Rainha insaciável a derramar luz sobre as fendas, sobre o que se faz mistério pela escuridão. O abismo está iluminado e reinar sabendo do horror, do proibido, faz o entendimento de que tudo é permitido, então não peça que se faça do reino
“uma canção como se deve, correta, branca, suave, muito limpa, muito leve. Sons, palavras, são navalhas e não se pode cantar como convém sem querer ferir ninguém.” (Belchior – Sol em Escorpião)
